sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

#Wishlist: o que vou ler nas férias?

Finalmente de férias! E mesmo com viagens marcadas e etc., nada me dá mais alegria do que saber que vou ter um bom tempo para ler todos os livros que preciso devorar ainda. Da minha meta do Skoob, que fiz em dezembro de 2013, tinham 34 livros que estava querendo ler. Mas sou geminiana, e isso quer dizer que eu mudo de ideia com muita frequência. Daquela lista, consegui completar até agora 12 livros, mas se eu for vasculhar na lista (que preencho religiosamente naquela linda e maravilhosa rede social chamada Skoob) de "Lidos", ao todo, li 40 livros neste ano. O que é legal de se pensar, mas se contar que a maioria deles eram do Nicholas Sparks e da Nora Roberts, eu não "sai muito da caixinha" este ano. Eu ainda quero ler o que resta da minha meta, mas é claro que o objetivo daqui para frente é sair desse vício de livros românticos e se tudo der certo, começar a escrever o meu livro. Portanto, o que eu vou ler nessas férias, inclui o mesmo tipo de "lista decida-se-você-vai-ler-ou-não", mas que já está me esperando no banco de livros do LEV. Aliás, grande compra para um amante de leitura. A única coisa que me arrependo é de não ter comprado ele com luz, porque agora que estou de férias, posso ler até a madrugada, a a luz do celular não parece tão eficaz quanto seria a luz do próprio aparelho. Mas enfim, o LEV é uma maravilha na minha vida, porque carrego meus livros comigo aonde quer que eu vá e posso ler mais rápido do que antes, já que não tem o problema de ficar indo em livrarias e etc., o tempo todo. Dá para baixá-los pela loja da Saraiva (que  já vem no aparelho) e também posso baixar por outros sites que existem por aí. 


Da lista que já existe nele, tenho uns bem legais que baixei esse ano e alguns que estão na lista abaixo são uns que pretendo ler até o ano acabar:

As Filhas da Princesa (Jean P. Sasson) - Há um tempo atrás, li o livro "Princesa" dela, e posso dizer que fiquei fascinada pela leitura. É uma leitura praticamente obrigatória para quem gosta não só das histórias que envolvem o Oriente Médio (Khaled Hosseni tá na lista também, viu!), como também se interessa pela cultura e vida das mulheres árabes. Neste livro, somos apresentados às filhas da Princesa Sultana, que assim como a mãe, se veem oprimidas e caladas por um país masculino. Não vemos só uma trama narrada por uma escritora qualquer, mas em cada palavra há um real conhecimento, já que Sultana (pseudônimo) deu um depoimento sobre sua vida para Jean, no primeiro livro da trilogia, e então são todos baseados em histórias reais. Essa autora caiu por um acaso em meu colo, após uma visita da minha mãe em um sebo, e ela estava certa quando o pegou, porque eu realmente gostei da história. Pretendo ler "As Filhas da Princesa" o quanto antes nessas férias.

Felizes Para Sempre (Nora Roberts) - Yeah, preciso terminar de ler a história do quarteto mais amigo de todos. Quero entender como é que a Parker e o Malcolm acabam se casando e que fim levará os quatro casamentos mais aguardados da série. Mesmo tendo muitas críticas, acho que preciso conferir de perto como é que tudo acaba, certo? Além do mais, tô sentindo muita falta de um bom e velho romance água com açúcar.

O Cirurgião (Tess Gerritsen) - Desde que li "O Jardim de Ossos", fiquei impressionada com esta autora. Tentei me perguntar um milhão de vezes porque é que nunca tinha lido um bom suspense, e confesso que ela foi a responsável por me tirar do mundo infinito de romances e comédias românticas. Portanto, com certeza vou dar toda a chance do mundo para o primeiro volume dessa série de livros que começam com um assassino cruel e psicopata que arranca o útero de mulheres enquanto elas ainda estão dormindo. "O Cirurgião" tem TUDO para ser um ótimo livro nessas férias,

As Memórias Perdidas de Jane Austen (Syrie James) - Quando você descobre que sua autora favorita de todos os tempos tem uma estudiosa que romanceou sua vida e contou em um livro sobre seus amores, é impossível de não querer ler. Aposto um Mr. Darcy que a Jane teve uma super história de romance. E vou ler este livro, mesmo que as críticas sejam meio duras em relação a parte "baseada em cartas da autora", que na verdade, não são mostradas no livro. Mas quem liga? Se eu encontrasse um diário ou coisa parecida da Jane Austen eu também escreveria um romance sobre a vida dela! Vou ler sem dúvida nenhuma.

Quebra de Confiança (Harlan Coben) - Com certeza vou passar noites em claro para conhecer a série mais famosa de Coben, com o seu personagem tão falado, Myron Bolitar. O primeiro livro parece ser bem interessante, com assassinatos, pessoas desaparecidas e claro, um agente famoso e (ao que parece) divertido. Já estou baixando a coleção inteira no meu LEV!

Série Mortal (J. D. Robb) - Não existem dúvidas neste mundinho pequeno que irei terminar a série da Nora Roberts ainda este ano. Eu tô completamente apaixonada pela Tenente Eve Dallas, pelo Roarke, pelo Galahad e até pelo Summerset. Além do mais, quero ver como que ela vai lidar com a fama de ser a esposa de Roarke e ainda sim matar uns bandidos por aí. 

Os Bórgias (Mário Puzo) - Esse autor. Esse cara sensacional é simplesmente o cara que escreveu "O Poderoso Chefão" e outros tantos livros sobre a Máfia. Eu posso dizer que sou louca/apaixonada pela história dos mafiosos desde que li (por causa da faculdade) "Honra Teu Pai", do meu preferido de todos os tempos, Gay Talese. Neste livro, Puzo conta a história por trás da família espanhola que se instalou no vaticano e com certeza deu o que falar na história. Os Bórgias são, sem dúvida nenhuma, uma família que merece atenção. E já que eu estava viciada na série de mesmo nome, vou aproveitar e ler o livro para conhecer ainda mais a história,

Resenha "Seis Anos Depois" - Harlan Coben

Seis Anos Depois

Confesso que nunca tinha me ligado nos livros do Harlan Coben, porque não "faziam meu gênero". Mas depois de devorar uns quatro livros da série da J. D. Robb (aka Nora Roberts), resolvi dar uma chance ao romance policial. Ano novo, livros novos... Sabe como é. 

Mas eu não me arrependi, essa é a boa notícia. E provavelmente vou ler mais livros dele, porque o "Seis Anos Depois" é bem legal mesmo. O que eu mais gostei na história inteira foi o personagem principal, o professor Jacob Fisher. Não sei porque, mas o livro era tão bom que em determinada parte da história, comecei a ver o Jake sendo interpretado pelo Chris Hemsworth, e aí me ajudou a entrar realmente na história. Sim, eu tenho esse problema de ficar imaginando atores nos personagens e vendo como o livro daria um ótimo filme, o que aliás, me faz pensar que "Seis Anos Depois" deveria com toda a certeza virar um longa. Mas, voltando à questão principal, eu me identifiquei muito com o Prof. Fisher porque ele é sarcástico. Eu adoro quando os autores colocam seus personagens com um pouquinho de humor, porque torna a narração inteira muito mais divertida. E eu não sei você, mas eu adoro quando é em primeira pessoa. Me sinto ainda mais conectada com o personagem, e dá para entender ainda mais como ele passa por todas as situações. 

Bom, como dá para imaginar, a história começa nesses "seis anos atrás" de que o título faz menção. Nos vemos em um casamento e por ironia do destino, a ex namorada de Jake está se casando. E ele está lá para ver tudo. Como se não bastasse, ela arruma um jeito de dizer a ele que se mantenha longe dela e ele, todo magoado, parte para sua vida. Seis anos depois, ele se torna professor de Ciências Políticas na Lanford College, onde leva uma vida - para dizer o mínimo - bem pacata. Só que é claro que nem o tempo levou embora o que ele sentia pela sua ex namorada Natalie, e isso se torna ainda mais problemático quando ele descobre que o noivo dela foi assassinado. É claro que, a partir daí, as engenhosidades da mente masculina começam a trabalhar. Não que ele não quisesse prestar suas condolências, é claro. Mas a maior parte de sua recente curiosidade e vontade de aparecer no enterro do marido de sua viúva ex namorada, era simplesmente porque ele estava enxergando bem ali uma chance de "retomar" o romance. Nada a declarar, certo? O amor faz mesmo essas viagens em nossas mentes quando estamos apaixonados E com dor de cotovelo. Mas enfim. Ele tinha a oportunidade de reencontrar sua velha paixão, mas e a promessa que havia feito? Ele era um homem de palavra e extremamente certinho, o professor Fisher. Então, em uma súbita impulsividade, ele vai até o enterro. E descobre que o senhor Todd Sanderson tinha uma família e dois filhos, e nada ali mostrava um resquício de sua querida Natalie. Mas sua mente já foi pega pela curiosidade eminente do caso, e ele começa a vasculhar aquilo, entrando em um território perigosíssimo. 

Ele usa um contato de uma professora que já havia trabalhado para a CIA e para o FBI, Shanta Newlin, e decide descobrir onde sua garota está, mas para sua total decepção, não existem registros de que ela sequer esteja viva. Estamos em um daqueles filmes agonizantes em que o mocinho tem que provar para todos que a pessoa existiu mesmo?! Mais ou menos. Dada como desaparecida e sem nenhuma pista, Jacob de repente se torna uma espécie de "agente secreto" (o que o amor não faz, né?) e começa a vasculhar o passado de todos os envolvidos. Para se ter uma ideia, o nosso professor nerd acaba sendo sequestrado e mata um dos capangas mais procurados do Estado! E tenho que dizer que, graças à sua mente repleta de livros e mais livros, ele consegue pensar muito bem para alguém que se torna perseguido por milhares de grupos que o querem morto.  As descobertas o levam para uma Instituição de caridade de fachada, que na verdade era o lugar onde, seis anos antes, ele havia conhecido Natalie. E como se não bastasse, ele descobre uma coisa muito curiosa a respeito de muitas pessoas que estão bem próximas a sua vida, inclusive. "Nem tudo é o que parece ser", não é isso que dizem? E Jacob acaba vendo que isso é verdade pelos seus próprios olhos.

Além de ser um livro da minha amada Editora Arqueiro, Harlan Coben é um ótimo escritor. Ele nos leva a lugares comuns, de histórias de "suspense" que podem realmente acontecer por aí, e nos dá uma trama completamente envolvente, com personagens ainda mais interessantes. De uma coisa você pode ter certeza: não dá para parar de ler Harlan Coben, e apesar de eu ter baixado esse livro para ler no LEV porque ele tinha uma "história de romance", vou querer ler os outros deles simplesmente porque ele é bom no que escreve. Então se você está procurando uma leitura que te prenda, com uma narração irreverente e divertida, aposte neste livro!

ISBN: 9788580412536
Ano: 2014 / Páginas: 267
Editora: Arqueiro


domingo, 7 de dezembro de 2014

Resenha "Nudez Mortal"- J. D. Robb

Pronta para uma série policial?
Sob o pseudônimo de "J. D. Robb", Nora Roberts inova tudo o que escreveu até agora com uma série de romance policial que nos surpreende. Para quem está acostumado a ler a mestre das histórias de amor, "Nudez Mortal" é quase como um trunfo na manga de Nora. Sim, ela escreve suspense e escreve muito bem! 
Super recomendo a leitura para quem quer se envolver com um livro bom e com uma história policial que não entrega os suspeitos logo de cara, No primeiro livro da série, somos apresentados à maravilhosa e bad ass tenente Eve Dallas. Estamos adiantados em alguns anos no livro, então a história se passa na época de 2058 e claro, muita coisa mudou. Política social deu à prostituição regras e uma proteção maior, agora quem quer entrar para a profissão, deve receber um treinamento e possui uma série de legalidades que possibilitam uma vida menos conturbada, como vemos nos dias de hoje. Armas são de última geração e o computador? Disponível à mão, com o nome de "tele-link. Futurismo à parte, "Nudez Mortal"não faz exatamente o gênero robô e etc. Na verdade é bem inteligente, porque estamos à quarenta anos do nosso presente, então as inovações não são tão exageradas como vemos nos livros de hoje em dia. É claro que, após tantas mudanças, a trama deixa bem claro que o homem continua sendo homem, mesmo com tanta tecnologia e suas falhas são as mesmas de "anos atrás". No livro, temos um caso de assassinato e a tenente precisa descobrir quem foi que, meticulosamente, encobriu tudo. Uma prostituta de família rica foi descoberta com três tiros dispostos estrategicamente no corpo e nenhum sinal de identidade que pudesse ajudar a localizar o assassino. O segredo está no uso de armas do século XX e como vemos adiante na história, por motivos do século XX. 
O assassino de Sharon DeBlass, neta do senador, odeia a prostituição e usa armas do século passado, mostrando que é extremamente conservador e é um hacker muito bom, para driblar todos os sistemas da polícia. Na lista de suspeitos, o magnata Roarke tem lugar na primeira fila, por ser dono de quase tudo na cidade e claro, estar na agenda da falecida DeBlass. Misterioso e fechado, Dallas consegue com que ele facilite a interrogação em uma rápida viagem em seu jatinho particular. Mas para quem tem a mente rápida, descartamos de cara o bonitão, uma vez que ele parece muito mais interessado na tenente linha dura, do que na própria defesa. Sim, ele estava na clientela de Sharon e sim, ele tem armas antigas em seu arsenal, mas de uma coisa estamos certos: ele não ataca ninguém, a não ser as defesas de Eve e de seu próprio coração. 
Eve tem então que se manter atenta, pois em um curto período, o assassino faz mais uma vítima. Uma novata, que havia tirado sua licença há poucos meses e que é a segunda de seis mortes, como o psicopata faz questão de deixar claro nos vídeos em que ele mostra a vítima sendo morta. Para completar a falta de tempo e de pistas, o Senador DeBlass se mostra um impessilho no caso, pois não quer que a morte de sua neta esteja vinculada com a de outras prostitutas, e aí ele e o Secretário Simpson começam a cercar a tenente, inclusive vigiando sua vida pessoal e trazendo à tona seu envolvimento com um dos suspeitos. 
A tenente tem que encontrar o cara que está matando mulheres por diversão por aí e deixar seus próprios demônios do passado de lado, pois eles insistem em se convergirem com o caso, já que parecem envolver o mesmo tipo de violência que aconteceu com ela. A história é maravilhosamente bem estruturada e o assassino final, um cretino maior do que nós mesmos pensávamos que era. Mas eu, particularmente, adorei conhecer a Eve e o seu envolvimento com Roarke se torna meio que essencial para que ela se mantenha sã. Sabemos que quando a pessoa é muito centrada no trabalho e tem qualidades inquestionáveis, há algo de muito sombrio escondido em seu passado, e é exatamente por isso que quero devorar os outros livros da série. Vale a pena conhecer!

Edição: 1
Editora: Bertrand Brasil
ISBN: 8528610640
Ano: 2004
Páginas: 350

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Resenha "O Silêncio das Montanhas" - Khaled Hosseni

Uma história sobre sacrifícios

Se você está em busca de uma leitura mais reflexiva e que te faça repensar nos seus valores, Khaled Hosseni é o autor da vez. Com certeza você já deve ter escutado falar no famoso "O Caçador de Pipas", que de longe, foi o livro que mais me emocionou até agora. Mas hoje venho falar de um outro livro igualmente genial, chamado "O Silêncio das Montanhas". Mas atenção: se você é apegado ou tem problemas com a sua família, esse livro tem uma forte chance de ser um verdadeiro choque, pois trata exatamente dessas relações. Portanto leia sabendo que sensações como ódio, frustração e principalmente indignação, serão constantes!

Não adianta apresentar os personagens. São muitas histórias e são todas entrelaçadas. Começa com uma fábula maravilhosa sobre uma lenda da mitologia persa, em que o ser místico Dev é motivo de discórdia em uma pequena vila pouco favorecida, uma vez que ele só aparece nestes locais para roubar uma criança e nunca mais a trazer de volta. Por obra infeliz do Destino, a pessoa mais trabalhadora e correta do lugar vê o seu filho caçula sendo o escolhido para a "doação" e passa os anos seguintes em profunda depressão, se culpando e querendo encontrar um meio de reparar seus erros. Com isso, ele embarca em uma jornada para reaver seu filho preferido e, para o espanto do próprio Dev, consegue chegar até seu lar e reclamar o menino de volta. É aí que entra a grande questão da trama. O menino, que é mostrado através de uma espécie de espelho, está em grande felicidade e boa vida, e o pai já lhe foi tirado da mente pelo monstro mítico. Ele tem a opção de trazer o garoto de volta para a vida de miséria que levam na vila, ou deixá-lo para sempre em uma condição melhor. O amor e o próprio orgulho estão em jogo, mas o pai, obstinado, prefere a alegria do filho e parte de volta para a casa. É claro que o Dev lhe dá uma poção do esquecimento, como um presente para o sofrimento daquele homem tão altruísta. 

Vocês já devem imaginar que se o livro começa assim, as histórias que se desenrolam são parecidas em seu roteiro. E não se enganam! Um pai de família pobre começa seu destino pelas areias do deserto até chegar em Cabul, com seus dois filhos pequenos. O que ele vai fazer é explicado mais para frente, mas somos apresentados à Abdullah e sua irmã Pari, que são órfãos de mãe e que tem uma relação de muito amor e proximidade. Abdullah é praticamente um pai para a pequena Pari, e assim que somos apresentados à sua relação, vemos que ela é rapidamente desfeita, em um piscar de olhos. O tio, Nabi, é quem tem a chave da problemática separação. Ele trabalha em uma rica casa em Cabul, onde os donos têm uma relação um pouco estranha. A esposa, Nali, era uma mistura irreverente com a Grécia e o Afeganistão e não tinha nada de convencional. Conforme a trama vai se desenrolando, percebemos que ela é a típica mulher que quer encontrar algo para suprir o vazio que sente, mas nunca encontra. Nem nas bebidas, nas festas e principalmente, no casamento. Em um estranho e infeliz ato de amor, Nabi oferece um possível resquício de felicidade e oferece sua sobrinha como "uma possível filha" para a mulher. Ela aceita, o seu cunhado recebe dinheiro para sair da miséria e ele acha que tem uma possível forma de atrair a atenção da inalcançável Nila. Nesse ponto, fiquei realmente muito brava pelo fato de que o Nabi usou a sobrinha para ter chance com a patroa, mas de certa forma, entendi o que ele estava pensando porque quando nós amamos alguém, não medimos esforços não é? Ele não quis separar os irmãos por má fé. E ele não conhecia a relação de Abdullah com a Pari. Mas enfim, o que acontece depois é ainda mais revoltante, pois temos uma série de acontecimentos que distanciam ainda mais os dois irmãos, que tecnicamente são o ponto principal da história. Nila vai com Pari para Paris e Nabi fica para cuidar de Suleiman (o patrão, que sofre um derrame e precisa de cuidados) e aí vemos outro ponto de sacrifício: Nabi desiste da própria vida para ficar com o patrão, como seu cuidador. Talvez uma tentativa de corrigir um erro do passado? Um jeito nada convencional de se castigar pelo o que fez à própria família? Fiquei pensando nisso durante a leitura. Nali e Pari são então deixadas para depois na história.

Somos apresentados à Markos, um doutor grego que está morando agora na casa de Suleiman, com Nabi como o herdeiro da ex-mansão, destruída pelas inúmeras guerras que aconteceram no país. Markos fica sabendo da história toda e por meio de uma carta, fica com a responsabilidade de dizer à Pari sua verdadeira origem. Markos também tem uma história de sacrifício com a família, e no seu trabalho, busca, assim como Nabi, o perdão pelos atos feitos. 

Parando um pouco a narrativa, peço que entendam que a história se origina de uma separação e depois vemos personagens que tem culpa e personagens que fizeram sacrifícios. Hosseni trabalha sempre com estes dois polos. Markos, Nali, Nabi e o pai de Abdullah têm seus pecados e tentam corrigir à todo o custo, pois também se sacrificaram por eles. Os outros personagens envolvidos se vêem sempre em uma trama de doação e depois uma tentativa de tentar entender o que está acontecendo. Pari enfim descobre quem é seu irmão, após uma vida conturbada pelos desejos de uma mãe carente e que gostava de atenção. O final do livro é extremamente surpreendente e claro, revelador. O enredo inteiro busca perguntar o que faríamos, na posição de cada um dos envolvidos. Você sacrificaria seu destino para apagar os erros? Ou faria o que tivesse vontade para conseguir o que queria? Até onde nossas escolhas interferem na vida dos outros?

Em uma rede de doações, Hosseni retrata países e seis décadas de pessoas que têm uma única coisa em comum: a destruição do amor de Abdullah por Pari.

Edição: 1
Editora: Globo Livros
ISBN: 9788525054081
Ano: 2013
Páginas: 352
Tradutor: Claudio Carina

domingo, 23 de novembro de 2014

Resenha "A Maldição do Tigre" - Colleen Houck


A Maldição do Tigre
Não resisti à febre do momento e resolvi ler o livro da vez, que tem uma capa realmente muito chamativa. É o típico livro que grita "sou uma ficção, me leia!!!", com todo aquele brilho azulado e aquele tigre maravilhoso da capa. Confesso que não é meu tipo de leitura, mas resolvi ler porque foi recomendado por uma super amiga, então eis aqui o que eu achei da deliciosa leitura do meu domingo à tarde. 
Primeiramente, tenho que dizer que é um bom livro pra matar o tempo e não te fazer entrar muito na história. Quer dizer, essa é a minha impressão. "A maldição do tigre" não traz um enredo intenso e nem profundo, a história toda é muito rasa e os personagens, pouco agradáveis de início. Explico o porquê. Apesar de ser uma história muito linda, com a presença de um tigre branco que na verdade é um príncipe indiano rico de olhos azuis, não achei que a narrativa era muito boa. Não cativa, entende? Colleen faz pouco uso dos diálogos, o que me fez muita falta, pois o enredo em si já é pouco descritivo, então ela narra a história com pouca preocupação em fixar nossa atenção no que está acontecendo. Antes da viagem para Mumbai, tudo acontece muito rápido, sem muitas explicações. E isso me irritou um pouco, porque quando estou lendo algum livro de ficção, normalmente eu gosto quando há diálogos que demonstrem o que a personagem está sentindo, ou alguma descrição que aprofunde um pouco mais a narrativa da história. Esse é realmente um ponto bem fraco do livro, mas vamos à história:
Kelsey Heyes. Uma adolescente americana que no começo se mostra simplória, procurando emprego para pagar a faculdade, e tendo como foco principal o fato de ser órfã, mas morar com pais adotivos. Isso lhe dá um emprego no circo local, o que nos leva ao encontro com Dhiren, o tigre branco. À princípio, Kells tinha que apenas que ser a "faz tudo" junto com o outro ajudante Matt e também ajudar o Sr. Davis a alimentar os animais, inclusive o tigre. Cativada pela apresentação que viu do belo animal, Kelsey o conhece e rapidamente conquista um vínculo com Dhiren. Nesta altura, percebe-se que ele não é apenas um belo tigre branco, mas algo além, porque entendemos que ele de fato compreende ela e que, de certa forma, Kelsey o tira um pouco da solidão circense (o que me fez pensar um pouco, porque é realmente uma maldade sem tamanho ter animais no circo, leiam "Água para Elefantes" e entenderão o drama real!). Lembre-se que todo esse envolvimento acontece apenas com Colleen narrando freneticamente os dias, que se passam como um piscar de olhos, até que temos a visita do Sr. Kadam. Ele compra o tigre e convida a garota a passar o resto do verão na Índia, para que ela cuide de Dhiren, já que aparentemente ela parece entendê-lo melhor do que o próprio domador.
Cenas descritas no começo do livro à parte, Kelsey simplesmente embarca para outro país tão rápido quanto começou o novo emprego. Sem dramas, sem complicações e muito menos sem dilemas pessoais. Ela é atraída à causa e viaja para outro país, mas em determinado momento se vê perdida com o seu tigre no meio da selva e aí é que começa de fato à aventura.
Os dois são postos à prova e Kelsey descobre a verdadeira identidade do animal que até então, era seu melhor amigo. Os dois têm aquela tensão afetiva, porque ele é lindo de morrer na descrição, e aí a personagem principal assume uma nova face, a de sarcástica. Até então ela não vinha mostrando essa personalidade, mas como a escritora dá um 360º na história, tudo parece mudar; inclusive a narrativa, que se torna mais interessante. Estamos na Índia, os dois têm uma série de aventuras para passar e pessoas interessantes a conhecer. Kelsey descobre que é protegida da Deusa Durga - inclusive tem uma bela cena dela recebendo a benção - e que pode ter uma boa vida na mansão indiana, sob cuidados do velho e simpático Sr. Kadam. As aventuras incluem conhecer o irmão Kishan, o belo e enigmático irmão que havia roubado a noiva de Dhiren e ajudado de certa forma na maldição. Essa parte achei meio "The Vampire Diaries", por causa de toda aquela história de irmão bonzinho e irmão do mal sedutor e tal. Mas enfim, não sei o resto da série e sinceramente, espero que ela fique com Dhiren. 
Quanto à parte do romance, também achei fraca. Em um minuto, ela está totalmente envolvida com o tigre-homem-príncipe, e no outro, faz a durona e não quer nada com ele porque acha que ele é "areia demais pro caminhão dela". Entendo a parte de que ela estava sentindo algo pelo tigre e por tudo o que ele causava, e que quando Dhiren ficou em sua forma humana tempo demais (ah sim, no começo, os tigres podem ficar apenas 24 minutos do dia sob a forma de homens) ela não soube administrar a dose por ele ser lindo e da realeza, mas... Quem disse que isso foi narrado? Não, apenas vemos a mudança súbita de personalidade que uma hora era dócil e na outra, teimosa. Eu consigo entender a linha de raciocínio de Kelsey - apesar da escritora não facilitar muito-, mas se está rolando algo entre ela e um princípe indiano, é realmente bem idiota ficar afastando o cara o tempo todo porque de repente ela resolveu ser durona, né? 
No fim somos novamente apresentados à Kishan, que resolve se juntar à trupe e não satisfeito por ter roubado a noiva do irmão e se encontrar sob a forma de um tigre atualmente, resolve que também vai cobiçar o novo envolvimento de Dhiren. Nem preciso dizer que fiquei com preguiça do enredo, né? Ainda mais porque ela é toda amiga e fofa com o tigre negro, e resolve que vai esnobar mesmo o tigre branco que até então, fez literalmente de tudo por ela. Mas é isso. Triângulo amoroso, muita lenda indiana e pouca descrição e diálogo só na parte que interessa. E claro, dinheiro para custear toda a viagem e depois "pagar" a ajuda de Kelsey. Coisas que facilitam a fantasia da trama, se é que me entendem.
Por isso que, se você quiser passar o tempo apenas, esse é um livro ideal. Mas não espere que ele te prenda por muito tempo - apesar de você ficar doida para saber o que a Kelsey vai aprontar com o coitado do tigre-príncipe -, porque isso realmente falta na narração! Apesar dos pesares, estou ansiosa para assistir nas telas, porque tenho absoluta certeza que farão uma boa adaptação. Acho que, como roteiro, iria dar um bom filme e eu ia adorar ver todas as partes da Índia descritas, todas as lendas e claro, os tigres na tela. Como livro, achei chato de ler, não me envolveu e a história tem tudo para ser muito legal então vou ler a continuação, porque às vezes o livro melhora, mas não achei que valia todo o alvoroço.

Vejam esse vídeo feito por um fã sobre o "Elenco dos sonhos" para as adaptações do filme. Fiquei impressionada com a escolha dos atores! Tomara que levem à sério essa parte:





terça-feira, 11 de novembro de 2014

Resenha "Fiquei com o Seu Número" - Sophie Kinsella

Quer se divertir? Já leu S. Kinsella hoje?!

Não resisti e devorei mais um livro da Sophie Kinsella. E agora tenho uma nova diva da literatura, porque não tem como não gostar de Chick Lit. Pra quem caiu de paraquedas no termo, “Chick Lit” quer dizer que o livro se trata de um romance leve, que aborda principalmente o feminino, mas em seu gênero moderno. São relatos de personagens independentes, cultas e audaciosas em narrativas divertidas e que lidam com questões atuais deste universo feminino que não prioriza o relacionamento como trama central, mas sim todos os tipos de relação que uma pessoa pode ter em sua vida (por exemplo, no outro livro que li dela, o “Menina de Vinte”, a relação com a tia-avó era tão importante quanto o amor). Então não preciso falar mais nada sobre isso né? Chick Lit é basicamente um vício pra quem gosta dessa coisa meio “Carrie Bradshaw” de ver a vida e os namoros.
E o “Fiquei com o Seu Número” não é diferente. Quer dizer, já começa a sua trama moderninha pelo fato de que um celular está envolvido no enredo do livro. Somos apresentados à engraçada e genuína Poppy Wyatt, que é uma fisioterapeuta atrapalhada e noiva de um doutor em Simbologia de cabelos ruivos compridos, cuja família é famosa por seu conhecimento em coisas de gênio, tipo palavras compridas e difíceis para se escrever enquanto jogam Palavras Cruzadas ou discussões sobre Proust. Temos então o ponto de vista dela sobre as situações que vão acontecendo em sua vida, como o fato dela perder o anel de família (de esmeralda e tudo mais) umas duas semanas antes do casamento e simplesmente surtar com isso. Me identifiquei super na paranoica e nos planos mirabolantes que ela vivia fazendo pra contornar a situação. É praticamente impossível não mentir, né Poppy? Eu sei, você prefere se meter em encrenca do que deixar alguém magoado, quem nunca?! Mas além de perder o anel valioso, ela acaba vendo seu celular cair nas mãos de um ladrão, então um milagre divino acontece e Poppy encontra um aparelho no lixo. E pega. E chama de seu, mesmo que ele esteja identificado como sendo de uma empresa. Mas não importa, porque ela precisa encontrar o anel, e todo mundo poderia ligar a qualquer momento, então o roubo é justificado. A não ser pelo fato de que o chefe da pessoa que aparentemente jogou o celular no lixo, o quer de volta. E aí conhecemos Sam Roxton, um empresário metódico que deixa que ela fique com o aparelho desde que encaminhe todos os e-mails para ele. Caridade? Não, é só porque Poppy dançou Single Ladies para um cliente super importante da empresa dele, já que ele tinha pedido para ela fazer isso. Foi apenas uma troca, e na minha opinião (e na deles também) a melhor de todas.
O celular é compartilhado, então mensagens de Sam e Poppy se mesclam, mas ao invés dela cuidar apenas da vida dela, nããão. Porque vamos combinar, se já adoramos espionar o Facebook, imagina o que não faríamos com um celular alheio?! Pois é, ela acaba respondendo de forma educada “bjsbjsbjsbjs :)” (piada interna, leia o livro para saber) todos que encaminham e-mails para ele, e simplesmente mete o cara nas situações mais bizarras possíveis. Ele poderia ser mais simpático, segundo ela. E ela, menos intrometida. Mas dá certo no final das contas, adianto isso para vocês. A Poppy ajuda ele em uma crise empresarial, ele ajuda ela a descobrir algo crucial em seu noivado e no fim acaba que tudo o que eles compartilharam, se torna a chave para resolverem os problemas juntos. O que seria de nós sem as nossas conversas, não é mesmo? Apesar do Whatsapp querendo ferrar a vida com as visualizações com horas marcadas, as conversas que temos com alguém demonstram muito sobre o relacionamento. É quase como se equivalessem à um anel de noivado mesmo: são essenciais e importantes porque são a prova do amor de vocês evoluindo. E mesmo quando estamos na bad, quem nunca deu aquela espiadinha na conversa arquivada com o ex? Pois é, aqueles momentos significam e palavras, meus amigos, essas são eternas! Quer mais algum motivo pra ler “Fiquei com o Seu Número”?!

Edição: 3
Editora: Record
ISBN: 9788501098634
Ano: 2013
Páginas: 462
Tradutor: Regiane Winarski

domingo, 9 de novembro de 2014

Resenha ''Menina de Vinte'' - Sophie Kinsella

Menina de Vinte - Sophie Kinsella
Tá, eu admito. Tinha um pré conceito sobre a escritora Sophie Kinsella. Achava que ela fazia a linha da Marian Keyes (que gostei apenas de um livro de uma coleção inteira e não senti nada de especial nos outros, que tinham virado best seller e tal), e não quis dar uma chance. Mas a capa do Menina de Vinte é simplesmente cativante. As cores em tom pastel, o tamanho do livro, e o desenho da garota sorridente estampado na capa me chamavam muito a atenção quando eu ia em alguma livraria ou biblioteca. Não posso negar que, apesar dos pesares, ela tinha escrito "Os delírios de consumo de Becky Bloom" e querendo ou não, eu me diverti horrores assistindo ao filme com a fofíssima da Isla Ficher. Então, no calor do momento, baixei o tal Menina de Vinte para dar uma chance. 
Li em um dia. Sem brincar.
As 345 páginas são, não necessariamente nesta ordem, hilárias, intensas e surpreendentes. Sabe quando uma comédia romântica pode ter toques de mistério e uma história realmente profunda? Pois é, a Sophie consegue fazer isso sem muito esforço. Não dá para não rir com o enredo, e a personagem Lara é um retrato fiel de uma mulher de 20 e poucos anos que ainda não sabe ao certo o que está fazendo com a vida, mas simplesmente faz. Não é apenas como ela percebe que está obcecada por um ex namoro que não deu certo ou que está em um emprego com uma sócia que não está nem aí para o negócio, mas se trata de amizade e de evolução pessoal. Não, não parece com um livro de auto ajuda. Acho que é unânime entre leitoras desse gênero que Sophie Kinsella é garantia de diversão. E não poderia ser diferente, porque Lara simplesmente começa a conversar com a tia avó que morre aos 105 anos, mas que aparece como um fantasma em um corpo de 20. Daí o nome do livro.
Sadie, a tia avó enérgica e que definitivamente sabia como se divertir, convence a sobrinha-neta à procurar um antigo colar seu perdido em troca de algumas ajudas fantasmagóricas que tem sempre a ver com o ex namoro de Lara. No meio dessa loucura, Sadie cisma que quer sair com um empresário bem sucedido que acabou de avistar, e faz com que sua parenta o chame para um encontro sem nem conhecê-lo. O que eu acho engraçado é que a Lara nem pestaneja quando se trata de ajudar um fantasma de uma tia-avó que ela não chegou a conhecer em vida lhe pede alguma coisa. Essa ingenuidade é o que faz dela uma das minhas personagens favoritas de todos os tempos, e também explica o final do livro, onde ela finalmente começa a fazer o que realmente quer. Quanto ao encontro, Sadie faz com que Lara sempre saia vestida à caráter (leia-se anos 20, de melindrosa, cabelo encaracolado e etc.) e, em algum ponto, convence (com poderes de fantasma, obviamente) que ambos têm que dançar. Sério, dá até para imaginar os dois dançando Charleston até agora, de tanto que isso foi mencionado no livro.
Lara acaba conhecendo Ed, o cara que Sadie queria para si (mas por motivos de ela é um fantasma e tal, só consegue se divertir com ele quando sua sobrinha-neta sai como "se fosse ela"), e acaba se envolvendo com ele, se livrando dos pensamentos obsessivos com o ex namorado Josh. Cara, vocês não sabem como eu fiquei feliz quando isso aconteceu. Sabe aquele tipo de garota burra, que acha que o rapaz vai mudar magicamente de ideia e voltar a namorar porque, puxa, "eu ainda gosto de você"? Pois é. Não tenho paciência para isso. E era o que a Lara fazia o tempo todo. Mas enfim, a parte mais emocionante e legal do livro é a relação de amizade e de família que as duas criam. Elas passam literalmente o dia inteiro juntas e mesmo que na maior parte do tempo Lara pareça uma louca falando sozinha - e fingindo que tem um micro telefone no brinco para disfarçar a maluquice -, as duas aprendem muito uma com a outra. É aquela segunda chance que a vida dá, sabe? 
No fim das contas, elas descobrem onde estava o colar, desmascaram o impostor e descobrem uma coisa sensacional e maravilhosa sobre o passado não resolvido de Sadie Lancaster. Cara, por pouco que eu não chorei. É bem legal mesmo o que acontece. Faz você torcer pelo personagem, sabe? E Lara cresce no final das contas! Depois da leitura intensa, não dá pra você não olhar a sua volta e imaginar o quanto você faria por cada um familiar seu. Muito além das sacadas geniais de Sophie Kinsella, está a verdadeira essência de uma amizade pura e genuína. Vale a pena a leitura!

Edição: 1
Editora: Record
ISBN: 9788501084927
Ano: 2010
Páginas: 496



sábado, 20 de setembro de 2014

#WishList: Série Os Tudors - Philippa Gregory

E aí bookaholics, tudo bem?

Espero que tenham gostado do novo layout do Blog, que estava super precisando de um upgrade. Um obrigada especial pro meu nerd-gênio favorito Daniel, que me ajudou a ajustar o html e deixar o Palavra Descruzada um pouco mais com a minha cara!


Decidi fazer uma nova tag, chamada #wishlist, pra mostrar todos os livros que eu estou super curiosa para ler e que tem uma boa repercussão por aí. Quem sabe você não tenha lido também e possa comentar o que achou, ou até fique na vontade também? Pra quem gosta de romance, aposto que essa lista vai aguçar o espírito amorzinho que sei que compartilho com mais milhares de bookaholics nesse mundão. 

Wish ♥ 1: Série Os Tudors, da Philippa Gregory

Se tem uma coisa que eu gosto tanto quanto livro de romance, é uma boa história épica. Nada como ler os livros enormes do Bernard Cornwell, por exemplo, que falam sobre os vikings, saxões e o Rei Artur, que é o meu personagem histórico favorito por mil razões diferentes. Mas tem uma mulher que eu considero tão boa quando o Cornwell, e ela é a Philippa Gregory. Meu deus, os livros são impecavelmente escritos com lealdade dos fatos ocorridos há séculos atrás e o enredo é tão envolvente quanto a sinopse promete. Para quem não sabe, os Tudors foram uma família nobre da Inglaterra que governou o país após a Guerra das Rosas no séc. XV. Se ainda assim não refrescou a mente, o monarca mais famoso desta dinastia homônima é o pervertido e sagaz Henrique VIII, aquele que desfaz os laços com a Igreja Católica só para se casar com a plebeia Ana Bolena. Lembrou? Pois é, eu também sou super curiosa para saber o que aconteceu de verdade nesse tempo (mesmo que o real não seja possível saber, né? História é história) e nunca consegui assistir a série Os Tudors até o fim, então começar a ler essa série foi uma ideia genial. Infelizmente é super difícil de achar os livros no sebo e eles são super caros, então pretendo conseguir trocar no Skoob ou comprar aos poucos. 

São seis livros no total, todos eles enormes e contam a história da corte inglesa na visão das mulheres envolvidas na vida de Henrique VIII. Temos a Catarina de Aragão, sua primeira esposa, suas filhas Mary e Elizabeth, as amantes e esposas Ana Bolena e Ana de Cleves e claro, Mary Stuart, Rainha da Escócia e descendente do trono inglês. Para vocês terem uma ideia, todas as tramas que estas forças femininas promovem para alcançar o trono, são descritas por Philippa, com uma habilidade impressionante de adicionar novos elementos na história já revelada. Li apenas "O Bobo da Rainha", que conta a história da jovem Hannah e sua vidência, que a faz ter uma relação muito próxima com a Rainha Mary e posteriormente com a Rainha Elizabeth. Nesse livro a intensa luta entre as duas Rainhas é contada, de forma que vemos a filha de Catarina de Aragão minguando seu poder, enquanto sua meia irmã e filha de Ana Bolena conquista a todos com sua inteligência e sedução. Acho que ficaria tão dividida quanto Hannah ficou, pois não é possível amar só uma delas, já que as características são tão únicas e tão harmoniosas com toda a corte Tudor, que fica difícil saber em qual time você está.

Mas enfim, é uma boa dica de leitura, dá para ficar um mês envolvida na dinastia mais famosa da Inglaterra e conhecer todas as mulheres de Henrique VIII. Acho que não só rola uma curiosidade sobre a própria história, mas como também o que a gente faria, como mulher, na posição de cada uma delas. Isso é bem interessante de se pensar conforme a leitura vai progredindo no livro. E antes que vocês achem que é tedioso, não se trata de um livro jornalístico e nem muito menos didático sobre a época, viu?! Para quem gosta de romances épicos, a série Os Tudors é mais do que recomendada, porque não tem a proposta de mostrar o que aconteceu, mas sim os fatores que fizeram com que cada uma chegasse aonde chegou. Por isso que minha #WishList é ler os outros cinco livros da Philippa, e escrever uma resenha aqui no Blog, obviamente! 

           

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Resenha "Se eu Ficar" - Gayle Forman

"Às vezes você faz escolhas na vida, e às vezes as escolhas fazem você (...)"
Essa foi à pedidos do Blog Dramalhices e eu nem preciso dizer o quanto eu amei a oportunidade de pegar o livro recém comprado e devorá-lo em poucos dias, né? Então meu obrigada especial Carlinha, e fica aqui minha resenha dessa verdadeira história de amor!

É o seguinte: se você ainda não leu "Se eu ficar", leia. É sério, não se trata apenas de uma história triste, carregada à lágrimas e com um final bonitinho. Este livro de 224 páginas (na edição que li tinha o acréscimo da entrevista com os atores do filme e um comecinho do próximo livro) é uma verdadeira reflexão sobre o que nos faz viver. Parece clichê, pois é exatamente o que podemos pensar com esse título, mas a verdade é que você se pega pensando no que faria você ficar, caso estivesse na mesma situação na qual a Mia se encontra. Esse livro é igualzinho a capa: uma colcha de retalhos da vida da jovem violinista, quando ela se vê "desgrudada" do próprio corpo após sofrer um acidente que mata sua família toda. E não estamos falando de espiritismo, viagens astrais, nem nada, para mim pareceu mais a sua consciência, sabe? Como se ela pudesse coexistir com o seu corpo, com os seus pensamentos. 

Você irá chorar com este livro. E nas primeiras páginas, ainda por cima. Conhecemos a família da Mia, o pai que traz consigo raízes punk e agora é professor engravatado, a mãe que é uma ex hippie feminista e o irmão Teddy, hiperativo e muito alegre. Fica impossível não retratá-los em um quadro perfeito na sua mente, porque é tudo muito natural: eles são felizes porque estão juntos. E a viagem catastrófica traz lembranças em Mia que estão incrustadas em sua vida, como se fossem pequenos "fios especiais" que ela guardou para si, com o poder de refrescar sua mente sempre que se lembra de determinadas coisas. É assim que a trama do livro funciona. Mia passa por alguma situação enquanto está em sua forma "espírito" e automaticamente se lembra de determinado momento, sendo que eles explicam muito bem o rumo que suas escolhas vão tomando. É por conta de uma das enfermeiras, aliás, que ela descobre o que a faz estar ali e o poder que tem de mudar seu destino. E acho que é assim para todo mundo, né? Vivos ou não, só nós podemos determinar nosso caminho. Não importa aquilo que acreditamos, pois no final das contas, o que nos faz levantar todos os dias da cama é um conjunto de fatores ou um só, que tem o poder de nos incentivar. Motivar. Fazer com que cada dia seja uma nova chance de recomeçar. É disso que o livro se trata. E não se engane se você acha que é um drama sem sentido algum, com o propósito de nos ensinar alguma lição profunda e acabou. O motivo pelo qual a nossa doce, determinada e talentosa Mia fica, não se trata da perda da família e o desejo de superar todo o trauma envolvido. Tanto que durante o tempo em que ela fica internada na UTI, não importa qual membro de sua família e amigos vá visitá-la; Mia acaba fazendo uma escolha surpreendente no final. E o seu namorado roqueiro, guitarrista da Shooting Star, Adam, é uma lição para quem acredita que o amor não tem força, além dele servir como "chave" para o entendimento desse livro e de sua continuação. Quer dizer, a gente sempre acaba ficando por alguém, né? Faz todo o sentido para mim, que as nossas escolhas se baseiem no que sentimos. É assim que as coisas na vida real acontecem. 

Portanto se apaixonem durante a leitura, por favor! Leiam entendendo todas as escolhas que se passam pela mente fragmentada de Mia e se perguntem se vocês fariam o mesmo. Como já disse, no final, o que importa de verdade, é entender que nós somos donos do nosso caminho e que amar transforma tudo. Ah, e o bônus é que você não precisa ficar chateada com o final do livro, pois tem continuação! E parece que é surpreendente, pois Mia continua inovando quando o assunto é escolher. Então vamos esperar pelo lançamento de "Para onde ela se foi", porque com certeza vou ler! 

Edição: 1
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581635415
Ano: 2014
Páginas: 224
Tradutor: Amanda Moura



terça-feira, 16 de setembro de 2014

Resenha "Coração Rebelde" - Nora Roberts

Coração Rebelde - Nora Roberts

Lembro que este livro me chama a atenção desde sempre nas prateleiras cheias de obras da Nora Roberts e, que quando encontrei ele abandonado em uma biblioteca do clube em que frequento, não pude deixar de levá-lo para mim. Pois é, eu adoto livros e me sinto bem quando fico completamente absorta na história, mas isso é um "defeito" de qualquer um que realmente ame livros, né? É mais forte que a gente essa paixão por namorar aquele livro durante semanas, acariciar a capa bem feita, ler mil vezes a sinopse até levar aquele pedaço de mundo para casa. Ler então, nem se fala! Não dá para colocar em palavras o quanto ler é bom e sempre fez parte da minha história. Mas esse é um assunto pra outro texto, vou me limitar a contar para vocês o que achei do livro "Coração Rebelde" da série "Corações Irlandeses", escrito majestosamente pela minha querida Nora Roberts. 

Esse é o terceiro da trilogia, e super pretendo ler os outros porque sinceramente me chamou muito a atenção! Fiquei sabendo que na verdade, saiu aqui no Brasil no formato pocket e que os outros dois livros não são mencionados como parte da trilogia. Os nomes deles são "Almas em chamas" (que conta a história dos pais da protagonista) e "O mistério de uma flor", portanto se você se interessar depois da resenha, já sabe o que comprar depois! 

Bom, sem mais enrolações, vou apresentar à vocês a história de Keeley Grant e Brian Donnelly. O livro  tem os mesmos ingredientes que ela costuma usar em muitos dos seus livros, mas achei que ela soube surpreender muito o leitor ao longo das páginas, pois a história foge muito bem do esperado e do óbvio. A Keeley é metade irlandesa, ruiva e rica. Tem uma família amorosa e unida e é herdeira de uma das fazendas mais prósperas, a Royal Meadows. O irlandês Brian é um treinador jovem, de origem humilde e que nunca fica em um lugar por muito tempo. Ele conhece a nossa princesa do gelo quando Travis Grant, seu pai, o chama para conhecê-lo: o antigo treinador de cavalos, Paddy, vai se aposentar. Conhecendo a reputação do velho, Brian se esforça para impressionar a família de Royal Meadows e não precisa de muito para conquistar o cargo. O que temos nessa história é puro talento, pois o personagem foi trabalhado para que seu passado fizesse o seu presente, ou seja, ele se esforça ao máximo para ser o melhor sempre. E não dá para deixar de se envolver na história dos dois, sem mencionar os cavalos! Gente, a Nora deve ter um haras ou algo do tipo, porque é o segundo livro dela que eu leio no qual o romance se passa em uma fazenda. E é simplesmente sensacional! Dá para sentir o amor que os personagens têm pelos cavalos, e isso passa para você inevitavelmente. Adoro quando o escritor consegue transmitir isso, então gosto muito quando tem Nora e cavalos ao mesmo tempo rsrs. 

A trama é que, por serem de "classes diferentes", Brian tenta sufocar o desejo que tem por Keeley, mesmo que demonstre muito no começo o quanto tem vontade de ficar com ela. É aí que somos surpreendidos, pois ela até então o esnobava, não dava uma brecha para que ele a conhecesse, e de repente tudo muda. Somos apresentados à escola de equitação dela, que ajuda meninos que já passaram por algum trauma na infância, mas também crianças ricas (para o sustento da escola, porque ninguém vive de caridade, infelizmente!). Isso é um choque para Donnelly, que a vê como uma princesa mimada que não faz nada. Quando ele descobre que ela dá toda a assistência para essas crianças, sua visão começa a mudar e rapidamente os papéis são invertidos. De uma hora para outra, Keeley começa a pensar se não vale a pena se entregar para o rapaz que seu pai contratou para treinar os cavalos de sua fazenda e descobre que ele pode ser o escolhido para ser o primeiro homem no qual ela irá se deitar. 

Podem imaginar o quanto isso muda o rumo do livro, não é? O terreno fica perigoso para o Brian, que tenta desesperadamente fugir, mas vemos o quanto ela sabe realmente "laçar um cavalo". Para mim, é basicamente isso que a história passa: como podemos mudar sutilmente a visão do outro e tirar nossos preconceitos quando se trata de amor. Brian, apesar de muito talentoso, não conseguia ver que ele tinha capacidade para fazer a diferença e merecer tudo o que havia conquistado. Keeley também aprende, pois começa a perceber que não precisa sempre ser a Rainha do Gelo e nem fazer tudo sozinha. Gradativamente, os dois passam a formar um time, e a Nora não se precipitou nenhum pouco ao mostrar essa evolução. Os dois se ajudam, e quebram a mística de pessoas de diferentes classes sociais não podem ficar juntas. Achei o livro bem escrito, bem desenvolvido pois não cansa em momento algum e a história dos dois é tão linda, que no final eu nem reclamei por ter acabado no "felizes para sempre" costumeiro. Na verdade, foi tão bem estruturado que eu consegui ver um filme saindo daquelas páginas. Teve briga, teve drama, teve romance e muito sexo, então não deixou a desejar em nenhum momento! E claro, para quem ama uma boa história de amor, a desses dois não decepciona. 

Título: Coração rebelde
Subtítulo: Trilogia Corações Irlandeses 03
Edição: 2
ISBN: 8571238553
Editora: Best Seller
Ano: 2003
Páginas: 223


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Para não dizer que eu sumi

Vou engolir minha timidez e dizer que desde que voltei para casa, não parei de pensar que não queria ter de dado adeus. Foi como tirar doce de criança ter você comigo naquela noite, me dando a mão e olhando tão fundo nos meus olhos, que a única reação existente era ficar vermelha sempre que eu tentava disfarçar o quanto eu estava gostando de ser tratada daquele jeito. Sei lá, você é uma dessas pessoas que amaciam o nosso coração e a gente não quer que vá embora. Fiquei tentando dizer e me convencer que aquilo era totalmente casual, que os seus beijos eram efêmeros, assim como a madrugada juntos em uma avenida agitada, mas parece que algo em mim não consegue obedecer a esse comando mais. Eu não estou admitindo nada, nem que gosto e nem que deixo de gostar, mas que de alguma forma, você ficou em mim. E foi por isso mesmo que o medo tomou conta e fugir foi a única saída, mesmo não querendo ser covarde. Fugi do lobo, das músicas, do sorriso, dos olhos esverdeados e de tudo o que poderia ter sido. Por simples medo. Por convicção de que estou bem sozinha. De que tudo é “como deve ser”, me punindo por todas as vezes que escolhi errado antes. E admito, uma vez só, que sim, eu tive medo pelo modo no qual você me fez ficar feliz em apenas uma noite, e não precisou de nada para isso. Não tinham truques envolvidos, não tinham falhas expostas, era fácil. Só você e eu, em um mundo desligado e completamente mudo ao nosso redor. Como se fossem acordes fáceis de um violão há muito tempo desafinado. Você me encontrou, ali no meio de uma bagunça frágil, e mostrou muito pouco do que poderia ser. E essa fração me encantou, se tornando muito mais do que um beijo e um adeus no final da semana. Fiquei exposta a certo tipo de dilema: foi uma noite que poderia ter se dissolvido em uma vida inteira, ou uma vida inteira que nunca poderia se igualar àquela noite? Não sei responder a essa pergunta. Mas toda a vez que tento achar motivos para te tirar da mente, vem àquela lembrança frágil das suas mãos segurando meu rosto e dizendo o quanto eu era linda. Podia ser uma mentira, mas colou. Assim como seu instinto protetor, assim como o filme engraçado que a gente escolheu, assim como a cerveja que a gente bebeu. Eu queria mais da sua conversa, mais daquela sensação que eu estava com alguém. E nesse tempo todo sozinha, nunca mais quis. Mas aí veio você e seu jeito calmo que combina muito com o meu, a sua falta de atenção para o que está acontecendo ao redor, que ironicamente é igual a minha e todo o resto que eu compartilhei naquelas poucas horas com você. Foi aquele misto de intensidade em pouco tempo que eu com certeza quis para mim, mas não soube o que fazer. E agora está tudo nesse texto, porque é a única forma que eu encontrei de te dizer tudo o que eu escondi esse tempo todo. 

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Nora Roberts: Quarteto de Noivas

Oi gente!

Terminei de ler os outros dois livros da série que está sendo uma verdadeira febre e alcançou o título de Best-Seller para a escritora Nora Roberts. Eu ia fazer uma resenha para cada, mas acho que tenho mais críticas, então vamos falar sobre os dois juntos, já que funcionam como continuação. Primeiro tenho que dizer que estou um pouco decepcionada com a leitura, porque eu amo os livros dela e de verdade, adoro as histórias de amor que ela cria. A única coisa que eu amei (sei que parece péssimo, mas enfim) são as capas da editora Arqueiro e o cuidado do livro. Reparei em apenas um erro de edição, mas cara, as capas estão bem feitas, a cor escolhida, o design dos livros, então aquele "Sra. Laurel" foi apenas uma coisinha boba para se reparar. 

Agora vamos às resenhas?


Primeiro gostaria de entender uma coisa, que a série toda me faz ficar bem confusa. Em nome de todos os Deuses e Deusas, quem é que se casa - por mais lindo e fofo que seja o romance - em menos de seis meses de namoro?! 



Ao que me parece, há todo um mito por trás dos caras dessa série que, para fazer o namoro ficar "sério", eles precisam botar uma aliança no dedo das moças em pouco tempo. Pra que a pressa? Para mim isso é ficar muito longe da realidade. Tudo bem que às vezes você realmente sabe que é "aquele o cara" (ou a garota, no caso) e ok se casar em três meses. São valores, e existem pessoas que realmente acham que isso é normal. Ao meu ver, é lindo e maravilhoso existir um casamento em um livro, mas faltou um pouco mais de profundidade na história dos personagens para que o "finalmente" fosse mais justificável. Pareceu que a Nora teve pressa ao escrever as histórias, pois você não entende a química do casal e nem exatamente quando aconteceu o "clique" nos caras para que eles quisessem se casar. Não estou criticando os casais, eles são lindos e ela soube combinar bem as personalidades, mas não dá para compreender a rapidez dos fatos. Acredito que só explodiu mesmo a série porque o livro em que a Mack é a principal, é realmente muito hilário. Depois parece que a fórmula vai se perdendo, acabam as sacadas geniais e a escritora introduz outros elementos para "encher linguiça" no livro, como a história das outras personagens no meio do enredo. E não, ela não está contando como anda o romance dos recém noivos, mas está entregando os próximos casais! Spoiler maior que esse não existe. 

Enfim, gostei do livro "Mar de Rosas", a Emma é uma daquelas garotas ultrarromânticas, que idealizam o encontro e o cara perfeito, mas nunca o encontram, mesmo que ela saia com dezenas de caras (aliás, adoro o fato de que ninguém a julga por isso! Realmente aliviante ver que pelo menos em um livro, você sair com mil caras não a faz uma "piranha". Obrigada por esta visão, Nora <3). Suas flores são a extensão dela mesma: doces, bem estruturadas e sempre com uma pitada de excentricidade. Adorei a parte em que ela conta a história de seus pais, pois dá um ar novo para a história e você consegue entender de onde vem a aspiração por romance que ela tem e foi muito bem contada, e o romance entre ela e o Jack é genial. Junte uma louca por casamento com um cara avesso à compromissos e você tem uma garota surtando para não pressionar o cara e um rapaz se apaixonando cada vez mais, com suas restrições. A parte chata é que no final tudo acaba muito bem, depois de um leve desentendimento (que não tem as proporções normais de uma briga, uma mancada, um clímax normal de um livro) e vocês já devem imaginar que Emma se junta ao exército de Mackensie (que aliás, está aumentando a casa para o Carter ter seu próprio espaço! Muito amor!)

Sobre Laurel e o livro Bem-Casados: adorei! Você tem uma  breve noção de que a Laurel é a mais rebelde das quatro, mas acabamos descobrindo que ela vem de origem muito pobre e problemática com os pais, e por isso quer mostrar para todos que sabe se virar sozinha. Se não fosse pela morte da família Brown, ela teria se mandado para Paris e feito sua carreira de chef decolar ainda mais, entretanto, preferiu ficar perto da melhor amiga - Parker - e do amor da sua vida, Delaney. Sim! Ela gosta do Del desde sempre, apesar de que essa relação não é bem contada no livro, é super fofo o modo no qual a Laurel o coloca na parede e mostra que ela não é apenas uma irmãzinha. Sobre isso: o Del passa anos e anos cuidando das quatro, principalmente da Laurel, e ela só precisa dar um beijo e outro amasso na geladeira para que de repente ele pare de ver ela como um objeto de proteção. Vamos lá né Nora Roberts, nem um cara que trata a gente como irmã mais nova vai em cinco minutos querer namorar a gente e pronto! Há toda uma confusão, uma distanciação para que depois (talvez) ele pare de nos ver assim. Enfim, mas uma falta de profundidade na história, ao meu ver. Os dois fazem um acordo de namoro sem sexo para ver se é apenas fogo ou se há amor entre eles, no primeiro mês, e quando eles descobrem que se gostam, a coisa desanda. Del realmente gosta dela, mas Laurel se sente inferior em alguns momentos, pelo fato da sua família e origem, mas as diferenças são lindamente resolvidas com uma viagem na praia e uma aliança. Destaque para o momento dos dois no lago e para a casa que os Browns compram para uma rápida férias entre amigos. Agora aguardamos ansiosamente novembro, para o lançamento de "Felizes para Sempre", em que Parker e Malcolm terão a sua grande vez (sim, já sabemos o próximo casal porque eles têm momentos no livro da Laurel), e, apesar das críticas, me apeguei às quatro, portanto vou com certeza ler e postar minha resenha aqui! 


segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Filmes favoritos de Comédia Romântica

Não adianta, eu amo filmes com finais felizes. Acho que é porque na vida real já temos problemas demais para enfrentar, ainda mais quando estamos falando em relacionamentos, então o que custa assistir algo que te faça sentir mais de bem com a vida? É por isso que eu escolho aqueles que me fazem suspirar. E não escolho por elenco, que fique bem claro! Amo assistir o Ryan Gosling, mas não me incomodo se tiver um ator com uma aparência "menos photoshop", como diz a Emma Stone em um dos filmes que irei citar no post de hoje. Quanto mais melosos, mais fofos ficam no final e se tiver uma encrenca entre os personagens no começo, melhor ainda! Acho que dá mais química ao filme, e mesmo se a produção não for a melhor de todas, essa química sempre agrada. Então prepare o cobertor, as pipocas e o coração e confira as dicas de hoje:

Dica ♥ 1: Dez coisas que odeio em você

Bom, acho que não tem uma alma que já não tenha assistido ao famoso "10 things I hate about you", um verdadeiro clássico com atores maravilhosos como o Joseph Gordon-Levitt e o Heath Ledger, que à propósito, foi o primeiro bad boy por quem eu me apaixonei na vida. 
O filme tem como enredo a história de Cameron James, um garoto que se apaixona por Bianca Stratford, a típica patricinha popular da escola que é completamente obcecada pelo cara bonitão, interpretado divertidamente por Andrew Keegan. Acontece que Bianca só pode namorar se sua irmã mais velha, Kat, namorar também. O pai, que é viúvo, faz isso porque sabe que Kat dispensa namorados - e também qualquer relação em sua vida, a não ser com sua melhor amiga que é obcecada por Shakespeare, no qual falarei mais adiante. É aí que entra o Patrick Verona, aquele cara misterioso, que todo mundo tem opinião formada sobre o caráter do rapaz, mas que ele na verdade se aproveita para continuar com a fama de cara perigoso (que toda a menina já conheceu alguma vez na vida, diga-se de passagem). Ele tem o papel de ajudar Cameron a sair com Bianca, tentando fazer com que Kat se envolva com ele. As coisas mais engraçadas desse filme estão nos estereótipos, da garota patricinha que quer chamar atenção mas acaba se envolvendo com o nerd (que faz de tudo para ficar perto dela), a garota que já levou um fora e esnoba todo e qualquer ser da face da terra, mas que acaba se apaixonando pelo sujeito mais inesperado da história e claro, o cara introspectivo que acaba amando a garota chata que ele não suporta. O que faz esse filme ser bom é a química existente entre o Heath e a Julia Stiles, que faz o papel da Kat. Amo demais as referências à Shakespeare, já que esse filme foi baseado em uma das histórias do escritor inglês, chamado de The Taming of the Shrew e o modo no qual os dois acabam se apaixonando. Mesmo que ela seja uma garota insuportável, o Patrick não desiste e acaba se apaixonando e até cantando para ela (uma das minhas cenas favoritas, tirando a parte da dança na mesa #spoiler). Enfim, para ilustrar este tópico, fica a cantoria do Patrick Verona para vocês!


Dica ♥ 2: Amizade Colorida

Uma palavra só para este filme: sensacional! Adoro assistir o Justin Timberlake atuando, e ele ficou muito bem ao lado da Mila Kunis. Acho que é um dos filmes mais divertidos que eu já assisti, pelo fato da ironia toda que é tentar dar uma de casual e não conseguir fugir do amor, no final das contas. Conta a história de uma "caça talentos" de nome Jamie, que é toda descolada e bem resolvida, mas que acredita em amor de conto de fadas. Ela acha o Dylan, para ser o novo diretor de arte da CQ Magazine, e os dois acabam rapidamente se tornando amigos. O problema é que nenhum dos dois é muito bom com relações, já que a Jamie afasta os caras e o Dylan não é lá muito atencioso (ou é só um problema de dedo podre, porque os dois são muito legais). É aí que vem a proposta de fazerem sexo um com o outro, evitando intimidades e qualquer envolvimento maior. Como era de se esperar, o tiro sai pela culatra e os dois acabam entendendo que realmente querem ficar juntos. Destaque total para o Flash Mob e o "lugar privado" da Jamie em plena Nova Iorque, porque esses dois fatores são muito bem utilizados até o fim da história. Quanto ao romance, o que me faz suspirar é porque os dois se aceitam do jeito que são, entende? Ambos vinham de relacionamentos em que não davam certo com a outra pessoa e no fim, pararam de procurar para olhar para si mesmos. E ah, as cenas de sexo são engraçadíssimas! Fica aqui um vídeo bem legal com as melhores cenas:


Dica ♥ 3: Amor a toda Prova

Quando juntam Emma Stone e o Steve Carell não tem como não se divertir. Eu simplesmente amo a atuação da Emma, porque ela é autêntica mesmo quando está interpretando. O filme conta a história de Cal, que após descobrir que sua esposa Emily o traiu, cai na fossa total. Como se não bastasse estar recém divorciado, Cal é super coxinha e não consegue "andar para frente", e é em uma daquelas bebedeiras estranhas no bar que ele se depara com Jacob (Ryan Gosling está de matar no filme, fica a dica!), um mulherengo que sai com qualquer mulher que quiser. O fato é que a situação de Cal sensibiliza Jake, e ele passa a dar conselhos para o novo amigo, como se fosse um coach de estilo de vida (se isso existir), e o pai de família que foi traído passa a levar mulheres para casa e virar uma versão melhorada de si mesmo, como um bom aprendiz. A coisa toda se embaça quando Jacob acaba se apaixonando por uma menina, que, ironicamente, é filha de Cal. Os dois entram em uma briga fantasticamente hilária, mas no fim tudo se resolve. Destaque especial para o filho que ama a babá, para a famosa fala "você parece que foi photoshopado" da Emma e  método "especial" que o Jake tem para levar as mulheres para a cama. Sério, para dar boas risadas, esse é o filme que eu recomendo. É bem feito, você se apaixona por cada personagem e no fim cada um se resolve consigo mesmo. E claro, assistir Ryan Gosling sem camisa nunca é demais. Fica a cena engraçada para vocês suspirarem um pouco mais:


Dica ♥ 4: Cartas para Julieta

Eu amo demais esse filme, sério. Acho que assisti mais vezes que qualquer outro da lista, porque é romântico, fofo e lindo na medida certa. Eu adoro filmes que se passam em lugares diferentes e que tem pessoas que escrevem como protagonistas. E esse se encaixa lindamente, primeiro porque a fotografia do filme é ótima e os atores foram muito bom escolhidos, com a maravilhosa Amanda Seyfried como personagem principal. Pois bem, o filme começa com uma viagem pré lua de mel, entre Victor e Sophie, para Verona, onde Romeu e Julieta tiveram seu romance na trama shakespeariana. Só que, enquanto Sophie está afim de conhecer todos os pontos turísticos e embalar o amor entre os dois, seu noivo está mais preocupado em conhecer a culinária  e possíveis fornecedores para o restaurante que ele irá abrir. É o típico namoro fora de hora, então não culpo o Victor. Mesmo porque amo o ator que interpreta ele, o Gael García Bernal, que é lindo demais. Enfim, é em uma dessas vezes em que ele a deixa sozinha, que Sophie acaba encontrando uma carta escondida nas pedras de um muro cheio de outras cartas que pedem ajuda à Julieta, para que a situação amorosa em suas vidas seja resolvida. Primeiro que isso é sensacional, porque praticamente cultuam ela como uma Deusa e segundo que esse muro realmente existe!!! Leiam sobre ele aqui, se interessar. Empolgações minhas à parte, Sophie encontra esse grupo de voluntárias que responde todas as cartas e se oferece para responder uma, que conta a história de uma moça que teve um amor de verão, mas fica em dúvida se deve fugir com ele ou não. Quando a senhora que escreveu a carta, Claire, aparece para agradecer a resposta, Sophie não tem saída a não ser ir ver no que vai dar (como uma boa jornalista, é claro) e procurar o amor perdido de Claire. Ela então viaja com a senhora e o seu neto, o maravilhoso Chris Egan, e os dois acabam descobrindo um amor daqueles que começa devagar mas é impossível de deixar para trás. É claro que ela fica dividida, mas no final o seu coração fala mais alto, assim como o objetivo final da viagem é alcançado e Claire tem a oportunidade de resolver o seu passado. Destaque para as paisagens maravilhosas, a carta que a Sophie escreve, os mil Lorenzos encontrados pela Claire, e a meiguice entre ela e o rabugento inglês Charlie que acaba em romance proibido (só que não!). Para assistir debaixo das cobertas, ó: