terça-feira, 26 de agosto de 2014

Nora Roberts: Quarteto de Noivas

Oi gente!

Terminei de ler os outros dois livros da série que está sendo uma verdadeira febre e alcançou o título de Best-Seller para a escritora Nora Roberts. Eu ia fazer uma resenha para cada, mas acho que tenho mais críticas, então vamos falar sobre os dois juntos, já que funcionam como continuação. Primeiro tenho que dizer que estou um pouco decepcionada com a leitura, porque eu amo os livros dela e de verdade, adoro as histórias de amor que ela cria. A única coisa que eu amei (sei que parece péssimo, mas enfim) são as capas da editora Arqueiro e o cuidado do livro. Reparei em apenas um erro de edição, mas cara, as capas estão bem feitas, a cor escolhida, o design dos livros, então aquele "Sra. Laurel" foi apenas uma coisinha boba para se reparar. 

Agora vamos às resenhas?


Primeiro gostaria de entender uma coisa, que a série toda me faz ficar bem confusa. Em nome de todos os Deuses e Deusas, quem é que se casa - por mais lindo e fofo que seja o romance - em menos de seis meses de namoro?! 



Ao que me parece, há todo um mito por trás dos caras dessa série que, para fazer o namoro ficar "sério", eles precisam botar uma aliança no dedo das moças em pouco tempo. Pra que a pressa? Para mim isso é ficar muito longe da realidade. Tudo bem que às vezes você realmente sabe que é "aquele o cara" (ou a garota, no caso) e ok se casar em três meses. São valores, e existem pessoas que realmente acham que isso é normal. Ao meu ver, é lindo e maravilhoso existir um casamento em um livro, mas faltou um pouco mais de profundidade na história dos personagens para que o "finalmente" fosse mais justificável. Pareceu que a Nora teve pressa ao escrever as histórias, pois você não entende a química do casal e nem exatamente quando aconteceu o "clique" nos caras para que eles quisessem se casar. Não estou criticando os casais, eles são lindos e ela soube combinar bem as personalidades, mas não dá para compreender a rapidez dos fatos. Acredito que só explodiu mesmo a série porque o livro em que a Mack é a principal, é realmente muito hilário. Depois parece que a fórmula vai se perdendo, acabam as sacadas geniais e a escritora introduz outros elementos para "encher linguiça" no livro, como a história das outras personagens no meio do enredo. E não, ela não está contando como anda o romance dos recém noivos, mas está entregando os próximos casais! Spoiler maior que esse não existe. 

Enfim, gostei do livro "Mar de Rosas", a Emma é uma daquelas garotas ultrarromânticas, que idealizam o encontro e o cara perfeito, mas nunca o encontram, mesmo que ela saia com dezenas de caras (aliás, adoro o fato de que ninguém a julga por isso! Realmente aliviante ver que pelo menos em um livro, você sair com mil caras não a faz uma "piranha". Obrigada por esta visão, Nora <3). Suas flores são a extensão dela mesma: doces, bem estruturadas e sempre com uma pitada de excentricidade. Adorei a parte em que ela conta a história de seus pais, pois dá um ar novo para a história e você consegue entender de onde vem a aspiração por romance que ela tem e foi muito bem contada, e o romance entre ela e o Jack é genial. Junte uma louca por casamento com um cara avesso à compromissos e você tem uma garota surtando para não pressionar o cara e um rapaz se apaixonando cada vez mais, com suas restrições. A parte chata é que no final tudo acaba muito bem, depois de um leve desentendimento (que não tem as proporções normais de uma briga, uma mancada, um clímax normal de um livro) e vocês já devem imaginar que Emma se junta ao exército de Mackensie (que aliás, está aumentando a casa para o Carter ter seu próprio espaço! Muito amor!)

Sobre Laurel e o livro Bem-Casados: adorei! Você tem uma  breve noção de que a Laurel é a mais rebelde das quatro, mas acabamos descobrindo que ela vem de origem muito pobre e problemática com os pais, e por isso quer mostrar para todos que sabe se virar sozinha. Se não fosse pela morte da família Brown, ela teria se mandado para Paris e feito sua carreira de chef decolar ainda mais, entretanto, preferiu ficar perto da melhor amiga - Parker - e do amor da sua vida, Delaney. Sim! Ela gosta do Del desde sempre, apesar de que essa relação não é bem contada no livro, é super fofo o modo no qual a Laurel o coloca na parede e mostra que ela não é apenas uma irmãzinha. Sobre isso: o Del passa anos e anos cuidando das quatro, principalmente da Laurel, e ela só precisa dar um beijo e outro amasso na geladeira para que de repente ele pare de ver ela como um objeto de proteção. Vamos lá né Nora Roberts, nem um cara que trata a gente como irmã mais nova vai em cinco minutos querer namorar a gente e pronto! Há toda uma confusão, uma distanciação para que depois (talvez) ele pare de nos ver assim. Enfim, mas uma falta de profundidade na história, ao meu ver. Os dois fazem um acordo de namoro sem sexo para ver se é apenas fogo ou se há amor entre eles, no primeiro mês, e quando eles descobrem que se gostam, a coisa desanda. Del realmente gosta dela, mas Laurel se sente inferior em alguns momentos, pelo fato da sua família e origem, mas as diferenças são lindamente resolvidas com uma viagem na praia e uma aliança. Destaque para o momento dos dois no lago e para a casa que os Browns compram para uma rápida férias entre amigos. Agora aguardamos ansiosamente novembro, para o lançamento de "Felizes para Sempre", em que Parker e Malcolm terão a sua grande vez (sim, já sabemos o próximo casal porque eles têm momentos no livro da Laurel), e, apesar das críticas, me apeguei às quatro, portanto vou com certeza ler e postar minha resenha aqui! 


segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Filmes favoritos de Comédia Romântica

Não adianta, eu amo filmes com finais felizes. Acho que é porque na vida real já temos problemas demais para enfrentar, ainda mais quando estamos falando em relacionamentos, então o que custa assistir algo que te faça sentir mais de bem com a vida? É por isso que eu escolho aqueles que me fazem suspirar. E não escolho por elenco, que fique bem claro! Amo assistir o Ryan Gosling, mas não me incomodo se tiver um ator com uma aparência "menos photoshop", como diz a Emma Stone em um dos filmes que irei citar no post de hoje. Quanto mais melosos, mais fofos ficam no final e se tiver uma encrenca entre os personagens no começo, melhor ainda! Acho que dá mais química ao filme, e mesmo se a produção não for a melhor de todas, essa química sempre agrada. Então prepare o cobertor, as pipocas e o coração e confira as dicas de hoje:

Dica ♥ 1: Dez coisas que odeio em você

Bom, acho que não tem uma alma que já não tenha assistido ao famoso "10 things I hate about you", um verdadeiro clássico com atores maravilhosos como o Joseph Gordon-Levitt e o Heath Ledger, que à propósito, foi o primeiro bad boy por quem eu me apaixonei na vida. 
O filme tem como enredo a história de Cameron James, um garoto que se apaixona por Bianca Stratford, a típica patricinha popular da escola que é completamente obcecada pelo cara bonitão, interpretado divertidamente por Andrew Keegan. Acontece que Bianca só pode namorar se sua irmã mais velha, Kat, namorar também. O pai, que é viúvo, faz isso porque sabe que Kat dispensa namorados - e também qualquer relação em sua vida, a não ser com sua melhor amiga que é obcecada por Shakespeare, no qual falarei mais adiante. É aí que entra o Patrick Verona, aquele cara misterioso, que todo mundo tem opinião formada sobre o caráter do rapaz, mas que ele na verdade se aproveita para continuar com a fama de cara perigoso (que toda a menina já conheceu alguma vez na vida, diga-se de passagem). Ele tem o papel de ajudar Cameron a sair com Bianca, tentando fazer com que Kat se envolva com ele. As coisas mais engraçadas desse filme estão nos estereótipos, da garota patricinha que quer chamar atenção mas acaba se envolvendo com o nerd (que faz de tudo para ficar perto dela), a garota que já levou um fora e esnoba todo e qualquer ser da face da terra, mas que acaba se apaixonando pelo sujeito mais inesperado da história e claro, o cara introspectivo que acaba amando a garota chata que ele não suporta. O que faz esse filme ser bom é a química existente entre o Heath e a Julia Stiles, que faz o papel da Kat. Amo demais as referências à Shakespeare, já que esse filme foi baseado em uma das histórias do escritor inglês, chamado de The Taming of the Shrew e o modo no qual os dois acabam se apaixonando. Mesmo que ela seja uma garota insuportável, o Patrick não desiste e acaba se apaixonando e até cantando para ela (uma das minhas cenas favoritas, tirando a parte da dança na mesa #spoiler). Enfim, para ilustrar este tópico, fica a cantoria do Patrick Verona para vocês!


Dica ♥ 2: Amizade Colorida

Uma palavra só para este filme: sensacional! Adoro assistir o Justin Timberlake atuando, e ele ficou muito bem ao lado da Mila Kunis. Acho que é um dos filmes mais divertidos que eu já assisti, pelo fato da ironia toda que é tentar dar uma de casual e não conseguir fugir do amor, no final das contas. Conta a história de uma "caça talentos" de nome Jamie, que é toda descolada e bem resolvida, mas que acredita em amor de conto de fadas. Ela acha o Dylan, para ser o novo diretor de arte da CQ Magazine, e os dois acabam rapidamente se tornando amigos. O problema é que nenhum dos dois é muito bom com relações, já que a Jamie afasta os caras e o Dylan não é lá muito atencioso (ou é só um problema de dedo podre, porque os dois são muito legais). É aí que vem a proposta de fazerem sexo um com o outro, evitando intimidades e qualquer envolvimento maior. Como era de se esperar, o tiro sai pela culatra e os dois acabam entendendo que realmente querem ficar juntos. Destaque total para o Flash Mob e o "lugar privado" da Jamie em plena Nova Iorque, porque esses dois fatores são muito bem utilizados até o fim da história. Quanto ao romance, o que me faz suspirar é porque os dois se aceitam do jeito que são, entende? Ambos vinham de relacionamentos em que não davam certo com a outra pessoa e no fim, pararam de procurar para olhar para si mesmos. E ah, as cenas de sexo são engraçadíssimas! Fica aqui um vídeo bem legal com as melhores cenas:


Dica ♥ 3: Amor a toda Prova

Quando juntam Emma Stone e o Steve Carell não tem como não se divertir. Eu simplesmente amo a atuação da Emma, porque ela é autêntica mesmo quando está interpretando. O filme conta a história de Cal, que após descobrir que sua esposa Emily o traiu, cai na fossa total. Como se não bastasse estar recém divorciado, Cal é super coxinha e não consegue "andar para frente", e é em uma daquelas bebedeiras estranhas no bar que ele se depara com Jacob (Ryan Gosling está de matar no filme, fica a dica!), um mulherengo que sai com qualquer mulher que quiser. O fato é que a situação de Cal sensibiliza Jake, e ele passa a dar conselhos para o novo amigo, como se fosse um coach de estilo de vida (se isso existir), e o pai de família que foi traído passa a levar mulheres para casa e virar uma versão melhorada de si mesmo, como um bom aprendiz. A coisa toda se embaça quando Jacob acaba se apaixonando por uma menina, que, ironicamente, é filha de Cal. Os dois entram em uma briga fantasticamente hilária, mas no fim tudo se resolve. Destaque especial para o filho que ama a babá, para a famosa fala "você parece que foi photoshopado" da Emma e  método "especial" que o Jake tem para levar as mulheres para a cama. Sério, para dar boas risadas, esse é o filme que eu recomendo. É bem feito, você se apaixona por cada personagem e no fim cada um se resolve consigo mesmo. E claro, assistir Ryan Gosling sem camisa nunca é demais. Fica a cena engraçada para vocês suspirarem um pouco mais:


Dica ♥ 4: Cartas para Julieta

Eu amo demais esse filme, sério. Acho que assisti mais vezes que qualquer outro da lista, porque é romântico, fofo e lindo na medida certa. Eu adoro filmes que se passam em lugares diferentes e que tem pessoas que escrevem como protagonistas. E esse se encaixa lindamente, primeiro porque a fotografia do filme é ótima e os atores foram muito bom escolhidos, com a maravilhosa Amanda Seyfried como personagem principal. Pois bem, o filme começa com uma viagem pré lua de mel, entre Victor e Sophie, para Verona, onde Romeu e Julieta tiveram seu romance na trama shakespeariana. Só que, enquanto Sophie está afim de conhecer todos os pontos turísticos e embalar o amor entre os dois, seu noivo está mais preocupado em conhecer a culinária  e possíveis fornecedores para o restaurante que ele irá abrir. É o típico namoro fora de hora, então não culpo o Victor. Mesmo porque amo o ator que interpreta ele, o Gael García Bernal, que é lindo demais. Enfim, é em uma dessas vezes em que ele a deixa sozinha, que Sophie acaba encontrando uma carta escondida nas pedras de um muro cheio de outras cartas que pedem ajuda à Julieta, para que a situação amorosa em suas vidas seja resolvida. Primeiro que isso é sensacional, porque praticamente cultuam ela como uma Deusa e segundo que esse muro realmente existe!!! Leiam sobre ele aqui, se interessar. Empolgações minhas à parte, Sophie encontra esse grupo de voluntárias que responde todas as cartas e se oferece para responder uma, que conta a história de uma moça que teve um amor de verão, mas fica em dúvida se deve fugir com ele ou não. Quando a senhora que escreveu a carta, Claire, aparece para agradecer a resposta, Sophie não tem saída a não ser ir ver no que vai dar (como uma boa jornalista, é claro) e procurar o amor perdido de Claire. Ela então viaja com a senhora e o seu neto, o maravilhoso Chris Egan, e os dois acabam descobrindo um amor daqueles que começa devagar mas é impossível de deixar para trás. É claro que ela fica dividida, mas no final o seu coração fala mais alto, assim como o objetivo final da viagem é alcançado e Claire tem a oportunidade de resolver o seu passado. Destaque para as paisagens maravilhosas, a carta que a Sophie escreve, os mil Lorenzos encontrados pela Claire, e a meiguice entre ela e o rabugento inglês Charlie que acaba em romance proibido (só que não!). Para assistir debaixo das cobertas, ó:


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Resenha "Álbum de Casamento" - Nora Roberts

"É como afundar em areia movediça. Uma areia movediça bem macia, quentinha e bonita. Não fui feita para isso. (...) É só um instante, ou vários instantes, até que tudo se dissipa, desgasta e acaba"



Uma palavra para este livro: envolvente. Ao pegá-lo de uma estante, você não repara nas amarras que as 288 páginas criam com a sua mente. Para quem gosta de um romance divertido, esta série promete ser um bom passatempo para os amantes de Nora Roberts, que já entra na lista de autora de um Best Seller novamente. 

A narrativa é o que mais encanta, à princípio. Você se vê interessado por cada parte da vida das quatro garotinhas que nos são apresentadas logo no início do livro, que me lembraram demais o filme "Noivas em Guerra". Brincando de casamento desde cedo, as melhores amigas Parker, Emma, Mackensie e Laurel fundaram, já adultas, a Votos, uma empresa que organiza casamentos. A Mack é a protagonista deste primeiro volume, e já começa se apaixonando logo de cara por fotografias. Quer dizer, não tanto "logo de cara", porque ela ganhou a máquina como um presente do pai ausente, e só começa a se interessar depois de tirar uma foto que condiz muito sobre quem ela é e sobre sua vida: apesar de não entender o que é felicidade em casais, ela consegue, através das lentes, eternizar aqueles segundos em que tudo parece estar bem. Para entender melhor, explico: o pai da Mack deixou ela e a mãe dela e desde então viaja o mundo, sem nunca dar notícias. A mãe, Linda, é uma daquelas mulheres que se agarra a qualquer possível amor (com interesses, é óbvio) e consegue manipular a filha sempre, fazendo-a se sentir culpada. Querendo fugir disso, Mack se joga no trabalho e captura aqueles momentos que parecem nunca acontecer em sua vida. 
Em poucas páginas - ou muitas, você lê esse livro em uma tarde só de tão bom que é -, você vê o jeito descontraído e independente de Mack se desenrolar, até que ela se depara com o Carter, um personagem desastrado, intelectual e acima de tudo, ingênuo. Essas foram as minhas impressões, mas na realidade o Carter é o tipo de cara que está escondido por aí, esperando ser encontrado por uma menina que o mereça, sabe? Daqueles que são muitas vezes rejeitados por serem "nerds", mas que na verdade são os que mais vão te tratar bem? Pois é, a Nora colocou todos estes atributos no Carter e jogou ele propositalmente na vida da Mackensie para nos fazer mais felizes rsrs. É impossível mesmo não se encantar com ele, então fica um ponto positivo a mais nesta narrativa para você querer ler. Enfim, depois de um encontro tipicamente atrapalhado, os dois ficam de olho um no outro, e, aos poucos, vão se abrindo.
O fato é que o Carter já estava de olho na Mack desde os tempos da escola, então vocês já sabem o que esperar por parte dele. Mas, como epílogo deste post, tenho uma das frases icônicas de Mackensie Elliot para ilustrar o que ela faz com o amor: foge. Pois é, sendo porque ela vê o relacionamento dos pais e traumatiza, ou apenas porque ela criou um muro de defesa, a Mack não é do tipo que se deixa arrebatar. E só no fim, no fim mesmo, é que ela consegue enxergar o que ela estaria perdendo se não desse uma chance ao nosso professor de literatura maravilhoso. As sacadas geniais deste livro estão nas frases irônicas, no romance entre os dois (já que eles não têm muito a ver um com o outro) e como vemos a Mack baixar a guarda lentamente. É legal, e para quem tem um pouco de problema com relacionamentos, a fotógrafa expressa muito bem no livro. Por falar nisso, a Nora foi atrás mesmo do processo todo que é fotografar, porque ela explica muito bem, dando até gírias que só o pessoal que fotografa conhece. 
O único ponto que realmente me irritou no livro é o final. Mas não vou contar, obviamente. Acontece que me chateou um pouco ser tudo "tão rápido", uma vez que o processo da Mack é gradual o livro inteiro. Não entendi até agora se ela tomou um impulso, ou se ela simplesmente acordou pra vida, mas isso com certeza vou entender nos próximos volumes, já que a Nora  costuma contar sutilmente como anda a vida dos outros personagens. Indico muito esse livro porque é sensacional o modo no qual você se apega rapidamente à história. Os personagens são bem construídos, a trama é meticulosamente divertida e você se apaixona pelo jeito que a Mack e o Carter ficam juntos. E claro, fica a atenção especial para o livro muito bem feito pela editora Arqueiro. 

A lição é "se joga na vida e enfrente seus medos para ser feliz", se você é do tipo que precisa de uma moral para querer ler. Super recomendado!

Ficha técnica:

Edição: 1
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580412215
Ano: 2013
Páginas: 288
Tradutor: Janaína Senna

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Livros da Semana: Romances de Cabeceira

Pensei em fazer uma lista dos livros de romance que li e que super recomendo, porque acreditem, eu sou uma leitora assídua e 100% assumida dos autores que mais escrevem livros considerados clichês ou “água com açúcar”. Não ligo pro rótulo, porque querendo ou não, quando alguém procura um filme de romance, sempre acaba escolhendo o famoso e imortal “Diário de uma Paixão”, considerado um dos melhores do gênero e, adivinhem? Foi o Nicholas Sparks que escreveu! Então tenho uma dica: se você é que nem eu, que precisa de livros de romance para dar aquele gás, ativar aquela esperança de que o amor realmente existe e no fim, se inspirar naquelas histórias, essa lista com certeza servirá!

A primeira dica está nessa posição porque além ser um livro escrito por grande escritor brasileiro, é uma estória que sempre me lembrou do filme “A Bela Adormecida”, da Disney. Para a surpresa de alguns, não direi “Dom Casmurro”, porque em minha opinião, o livro não fala exatamente de uma história de amor, mas sim de outras coisitas... Enfim, a primeira indicação é com certeza e sem dúvida nenhuma o livro “A Moreninha”, do Joaquim Manuel de Macedo, que consagrou esse livro como o primeiro romance da nossa literatura. Não é uma questão patriótica, mas é que é uma dessas histórias que relatam verdadeiramente os costumes da época, então fica gostoso de acompanhar o desenrolar da história com todos os valores que eram comuns durante o Segundo Reinado, época em que a história se passa. Você com certeza se apaixonará pela inocência de Carolina e de Augusto, que rapidamente caem em um amor intenso e apaixonante à primeira vista, mas que estão presos à um juramento de amor feito no passado. O final da história é muito, muito e muito fofo! Eu diria que, como um dos primeiros romances tipicamente brasileiros, é bem característico como se fosse um começo mesmo, sabe? Tem toda aquela inocência, graça e namoro de primário que nos dias atuais achamos até graça, mas que naquela época era totalmente normal. Para quem gosta de história e literatura juntas, mais um motivo pra tirar A Moreninha da estante do sebo, hein? Fora que, como uma boa amante de romance, esse é um dos mais fofos que existem! Descobri que tem uma novela que aborda a história, vou dar uma checada e depois conto para vocês o que eu achei! 
Uma das edições do livro "A Moreninha"

Se no topo está um brasileiro, não tem como fugir da segunda posição o favorito dos livros de amor/drama/quero ser a protagonista, o maravilhoso e sensacional Nicholas Sparks. Eu confesso que teve uma época que eu era viciada nos livros dele: tinha lançamento e eu comprava. Não consegui ir vê-lo quando ele veio para São Paulo, porque tinha que apresentar um seminário na faculdade, mas podem ter certeza que sou uma das fãs número 1 dele que consomem aqueles livros como se fosse uma dose a mais de oxigênio. Tirando o drama, não vou indicar os já conhecidos e famosos Best Sellers dele, mas dois que gostei muito da história porque não acabaram como os livros dele costumam acabar (sim, para quem lê muito NS, percebe que ele tem um padrão) e ensinam coisas muito valiosas mesmo no final. O primeiro é “Querido John”, e sério, tem outros dele que são lindos e que a gente precisa de um lenço do lado, mas esse está com certeza de parabéns! Tudo começa, é claro, com aquela paixão que vem “do nada” (e eu curto muuuito histórias assim) e parece que destrói mesmo os dois, no sentido bom da palavra. A Savannah e o John são perfeitos e parece que tanto ela como ele se fazem bem simultaneamente, apesar de todas as qualidades que os dois já possuem. Fora que a Sav (sim, sou íntima) é um exemplo, porque ela lida com uma galera especial com dom mesmo, ela é o tipo de garota que quer fazer o bem para o próximo e cara, isso tá faltando no mundo. E o John, apesar de não aceitar muito pai, é um cara humilde que também tem a mesma vibe que a Savannah. Ao que me parece, esse é um dos livros que fala muito mais sobre "aceitar quem a gente é" do que sobre amor. É como se os dois tivessem deixado algo especial na vida deles, como se fosse um impulso para que os dois dessem o melhor de si. E me processem, mas eu prefiro o final em que não tem amorzinho óbvio! (Não vou contar por motivos de spoiler, mas para quem leu, acho que super combina com tudo o que falei: não é questão de amor, mas aceitar quem eles são e ter aprendido muito um com o outro). Enfim, acho histórias assim bonitas. Amor não é só "vamos ficar juntos" e ok. Amor também é aprendizado, minha gente! 
Gif do filme "Querido John" porque é muito amorzinho <3


Nessa mesma linha, está o outro livro dele que super indico como terceira posição: "O Casamento", que é como se fosse uma continuação de "Diário de Uma Paixão" só que não, porque o protagonista não tem nada de Noah. Ele é o genro dele, e na verdade se torna um "coxinha padrão", daqueles engravatados que criam uma rotina no casamento quase impossível de não querer desesperadamente se divorciar. Mas é com o sogro que ele aprende a reconquistar a esposa, aprendendo muito mais sobre si do que ele realmente esperava. É aqueles tapas na cara que a vida te dá quando você está prestes a perder alguém, sabe? Esse livro fala sobre isso, e claro, o desfecho é muito legal mesmo e como é de costume em NS, você suspira muito com o final. Se você procura um romance com conteúdo, esse tem bastante e eu adoro o fato de que de uns tempos para cá, o Nicholas Sparks tem investido em moldes de livros menos água com açúcar. 
Trecho do livro "O Casamento" pra vocês se apaixonarem também

Mas para quem não suporta esse tipo de leitura, está aqui a mulher da vez, e que eu com certeza vou conseguir ler todos os livros já publicados porque ela tem muito o que ensinar! Nora Roberts, que não é boba nem nada, já tem mais de 200 títulos publicados, e não tem um livro que você não queira desesperadamente arrancar o personagem pra chamar de seu. É aquela velha receita de criar um cara perfeito, lindo e maravilhoso, colocar ele em uma situação de conflito com uma personagem peculiar linda e maravilhosa e pronto: sexo e romance na medida certa. Eu gosto da maioria dos livros da Nora, porque diferentemente do Nicholas (que vem do Sul e tem uma pegada mais puritana), ela escreve sobre sexo e são cenas não vulgares de tirar o fôlego. Acho que isso é legal em qualquer livro de romance porque você começa a entender a dinâmica do casal bem melhor depois dessas cenas. É por isso que na quarta posição está "Fruto do Pecado", um livro que não é um Best Seller mas que arranca muito suspiro com as descrições da Nora! Li recentemente e aprovo, principalmente porque a protagonista tem aquele #girlpower maravilhoso, é independente e do nada se depara com um vizinho-inimigo que ela deveria odiar, mas a tensão sexual entre os dois não mente! Sério, é pra ler e ficar apaixonada com a brincadeira de gato e rato dos dois que só faz a vontade que eles tem um pelo outro aumentar. Se você curte um cara daqueles que te enlaça e te chama de minha, o Aaron com certeza vai te deixar maluca! A Jillian e ele tem uma rixa antiga de família, no estilo Romeu e Julieta, mas a química entre os dois mostra que nem tudo tem que ficar do jeito que sempre foi. Enfim, pra você que curte um romance intenso, esse livro tem que estar na sua cabeceira!

Não julgaremos o livro pela capa nunca mais com essa edição de "Fruto do Pecado"!
Outro da Nora que merece a menção é da nova série dela, o "Quarteto de Noivas", que com certeza merece resenha aqui posteriormente! Uma comédia romântica perfeita, uma história que mescla amizade com amor e que qualquer garota vai se identificar porque as quatro personagens são os clichês que infelizmente somos nos relacionamentos! Eu li "Álbum de casamento" e amei a narrativa! Ao contrário dos outros livros, por ser uma série, essa história está bem explicada e você realmente se apega pelos personagens. A Mackensie é uma fotógrafa daquelas que vivia nas sombras das amigas na infância e que tem um relacionamento complicado com os pais, mas que tem um gênio bem forte. Ela marca presença, entendem? Adoro o jeito no qual ela faz o trabalho dela, ama o que faz, mas não acredita nenhum pouco no amor, por conta do relacionamento com a própria família e tal. Acho que me identifiquei demais com ela pelo fato dela querer fugir de alguma forma quando "o amor bate na porta", porque ela sabe que isso não vai acabar bem. Mas no final das contas, quando é pra ser, não tem jeito. Ela acaba se rendendo e você também, porque o Carter é o cara que você gostaria de apresentar pra sua mãe também! Adorei cada parte desse livro, me diverti muito lendo porque a Nora tem umas sacadas geniais, e não sei se é só porque a Mac é assim, mas com certeza vou querer ler os outros. A única coisa que me decepcionou um pouco foi o final, porque achei meio "rápido". Mas vou fazer resenha e aí conto mais para vocês! <3
Editora Arqueiro, sempre com as melhores capas. Essa é de "Álbum de Casamento"